ETERNOS AMIGOS

 

 

Ator se suicida depois de matar o próprio cão, diz jornal

 

28 de janeiro de 2012 às 18:04

 

 

O norte-americano Nick Santino, ator de novelas, se suicidou no dia do seu aniversário de 47 anos depois de ter matado o próprio cão, segundo informações do jornal New York Post.

De acordo com o jornal, o condomínio onde Santino morava em Nova York proibia pit bulls, raça de Rocco, o cão do ator. Além disso, alguns vizinhos reclamaram que o animal era barulhento e agitado.

Sentindo-se pressionado a abandonar o cão, Santino matou Rocco na terça-feira. No mesmo dia, escreveu um bilhete: “Hoje eu traí e matei meu melhor amigo. Rocco confiou em mim e eu falhei com ele. Ele não merecia isso”.

Sofrendo com a morte do cão, Santino acabou se suicidando no dia seguinte. O último telefonema que o ator fez foi para uma ex-namorada. Logo depois, ele tomou uma overdose de remédios e morreu.

Santino atuou em All My Children e Guiding Light. De acordo com os amigos do ator, ele e o cão serão cremados.

Fonte: Terra

 

 

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Ao Leôncio, com Amor!

*27.11.09     t17.03.11

        

O Leôncio foi o único sobrevivente de uma ninhada de oito filhotes, que por um motivo ou outro iam morrendo. Ele teve graves infecções urinárias e contrariou seu médico veterinário, dizendo: “- Quero viver! Vou sobreviver!” E assim vencemos junto, um longo tratamento.

Ele cresceu, cresceu demais, comia muito, destruía tudo, qualquer coisa. Qualquer coisa que aparecesse mal feita teria sido feita por ele. Rasgava as folhas da palmeira, arrancava as mudas de plantas de chão, quebrava os comedouros, rasgava os sacos, roia chinelo, carregava o que podia e o que não podia, enfim, o cachorro mais danado que já tive um dia.

O Leôncio adorava pousar de bonachão, boa pinta, pomposo. Adorava quando ele deitava com as patas pra cima, todo desengonçado. Costumava dizer que era um cão Nelore (se é que isso é possível), por que sua idade não fazia jus ao seu porte. Era um filhote crescido! Meu bebê!

Hoje, quando cheguei da faculdade, às 22h35min fui fazer ‘a coisa mais legal do mundo’, passear. Tenho cinco cães e o nosso momento era quando saíamos para passear. Vocês sabem o quanto eles ficam eufóricos e felizes!

Mas juro se soubesse do que iria acontecer hoje, jamais, jamais teria saído com eles hoje.

No retorno pra casa, 10 minutos depois da nossa saída, uma de minhas cadelas atravessou a rua na frente de um microônibus, o Leôncio viu e também quis atravessar, mas ela é pequena e ágil, ele era grande, pesado e bobo.

Estava com outra cadela resgatada dias atrás na guia, já perto de casa, assisti a tudo, ouvi tudo. Corri para colocar os outros dentro de casa e mais que depressa corri em direção ao meu Leôncio que ainda agonizava.

O barulho da batida e seus gritos ecoam na minha mente e no meu coração. Nunca esquecerei o que vi, o que ouvi.

Não queria acreditar naquilo, foi culpa minha. Sabia que ele era bobo, que não podia sair sem guia. Mas acreditava também que alguns momentos de liberdade como correr na grama e sentir o vento nas orelhas não tinha preço. Por isso só saíamos tarde da noite!

Pedi ajuda de vizinhos para tirá-lo da rua e colocá-lo na calçada, já havia morrido, seu sofrimento durou poucos minutos. Era o início do meu!

O motorista do micro voltou, depois de uns 10 minutos, pra reclamar do ‘suposto’ prejuízo do seu farol, eu já estava em prantos, desesperada, ligando para o ‘pai’ do Leôncio, mas tive a hombridade de me reportar a ele e lhe questionar quanto à velocidade que trafegava numa via usava por pedestres, ciclistas e muitas crianças, mas ele estava mesmo interessado em sanar seu “suposto prejuízo”.

A única coisa que lhe disse foi: “- Que bom que ‘seu’ dinheiro pode pagar ‘seu’ prejuízo, por que o meu não tem preço!”

Pronto, assim, ele foi embora e me deixou com o meu Pequeno Grande ali, sem vida. Seus quase 30 trinta quilos não me permitiram lhe carregar, mas o Carlos assim o fez, lhe trouxemos pra casa, onde sempre será seu lar e o sepultamos aqui mesmo.

Hora avançada, não consigo dormir nem tão pouco parar de chorar. Pensei em externar toda a minha dor e usei as palavras para aliviar meu sofrimento que nesse momento começa a me fazer muito mal. Minha cabeça parece explodir, meu estômago dói, meus dedos estão dormentes ao passo que meu corpo inteiro está frio, frio como o focinho do meu Pequeno que segurei momentos antes de enterrá-lo.

Peço a Deus apenas resignação para suportar as minhas provações por que sei que agora ele está bem e é mais uma estrela a brilhar no meu céu.

Gostaria de agradecer a você, que solidariamente leu este texto até o fim e que de alguma forma se sensibilizou com a nossa perda. Muito obrigada!

E ao Leôncio, por ter sido neste pouco tempo, o melhor!

Saudosamente,

 

Wannella Chagas

 

Boa Vista, 18 de março de 2011 às 01h45minh